sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O amor é algo que vem...


O amor é algo que vem, e vai, e vem.
Que oscila entre a razão e a necessidade e assim perde batalhas, mas não perde a guerra. Ele chega, avança, regride, regride, avança, vai, volta, e nunca deixa de estar em movimento. É algo que tem um “quê” de irreal e qualquer coisa de lógico. Tem sua alegria, e sua tristeza, tem sua dor e também tem seu perdão.
Sabe falar e cala; sabe ouvir e grita.
Tem suas regras e seus castigos.
Tem seus limites e dores conseqüentes.
Possui seus prazeres e responsabilidades sensuais.
É algo de dar e receber simultaneamente.
Tem uma memória infalível, mas esquece com facilidade.
É algo que brilha e que, por brilhar, ofusca e cega. Empurra e faz andar, apesar de estagnar.
É qualquer coisa por ser tudo, e é tudo por não ser nada.
É oito e/ou oitenta; é barro e/ou tijolo; é tudo e continua a ser assim;
É fim por ser começo, e é começo por ser fim...

(Abílio Paulo)

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Um comentário:

Unknown disse...

Oi Tania,
Sou o autor desse poema e me sinto muito lisonjeado que ela faça parte do seu blog e vê-lo compartilhar espaço com autores que tanto admiro.

Grande abraço.
Abilio Paulo
Apauloadv@hotmail.com

 
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